terça-feira, 18 de junho de 2013

Felipe Adad: Lugar do povo é na rua




Atualmente o mundo vive duas manifestações de grande proeminência. Uma vez que podemos assim dizer, inéditas até então.
Na Turquia, o seu povo foi às ruas para protestar, primeiramente, contra a destruição de árvores (isso mesmo, árvores!) na praça Taksim para o premiê do país construir um conglomerado e hospedar uma insigne Mesquita. Mas essa manifestação foi apenas o estopim para que os turcos acordassem para protestar contra o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, obstinado em islamizar o país - Turquia é um país laico.
Remetendo ao Brasil, em São Paulo, por sua vez, manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) foram às ruas para protestar contra o aumento de R$ 0,20 na passagem do transporte público. O que a princípio foi motivo de "deboche" - pelo fato de protestarem contra reles R$ 0,20 - passou a ser o estopim para a nação brasileira acordar e reaprender a protestar. Exigir mais dignidade dos ignóbeis que nos representam no lupanar de larápios,  eufemicamente denominado de Executivo e Legislativo.
Para se ter uma ideia, segundo a ONU, os corruptos desviam, por ano, no Brasil, R$ 200 bilhões de reais. Esse valor é mais do que o país gasta com saúde e educação - cerca de 140 bilhões.
São Paulo foi a manda-chuva para que várias capitais - e cidades do interior - também entrassem no despertar da nação. No acordar do Gigante. E este despertar da nação não ficou circunscrito apenas ao Brasil.
Numa atuação digna de patriotismo, brasileiros que moram em outros países também fizeram a sua parte. Em Dublin, na Irlanda, manifestantes carregavam cartazes como "Desculpe o transtorno, nós estamos construindo um novo Brasil"; ou "Protesto não é crime, #vemprarua". Em Berlim, na Alemanha, cerca de 300 pessoas também protestaram. "É por direitos, não por centavos", dizia um cartaz. O ato também contou com a participação de turcos, que se uniram contra a reação da polícia às manifestações nos dois países. Em Montreal, no Canadá, manifestantes carregavam um grande cartaz, que dizia: 'Democracia não tem fronteiras'.
Como já dito em alguns cartazes, essa revolução brasileira não se limita apenas a R$ 0,20. Agora, mais do que nunca, viraste motivo de honra; patriotismo e vergonha na cara de não aceitar mais os desmandos dos larápios que assolam este país há décadas.
Mas a maior emoção que eu tive foi ver o povo invadir o Congresso em Brasília. Ali sim, é o "Minha Casa, Minha Vida". Mas até então os filhos pródigos desta nação não se aventaram a isso.
Passo agora a focar em São Paulo. A princípio, tanto a Polícia Militar como alguns manifestantes (que deveriam ser banidos de qualquer subespécie de democracia), erraram ao levantar a bandeira do vandalismo e da força física. Ambos preferiram usar a força física a usar a força das palavras.
Após os governantes perceberem que o povo não estava para brincadeira e que, se ordenassem que a PM usasse a força física ao invés da dialética, poderia resultar numa chacina semelhante aos tempos de ditadura.
Acalmado os ânimos, a PM enfim, tirou a máscara de durona e se juntou ao povo. O manifesto de ontem (17/06) foi mais pacífico. Os policiais deixaram a pior arma contra as palavras num ataúde - os defensores da população acompanharam o manifesto sem revólver na cintura.
Já no manifesto de hoje (18/06), alguns conspurcadores do manifesto se digladiaram com a guarda civil na tentativa de invadirem, feito animais endiabrados, a Prefeitura da capital paulista.
Não se faz manifesto com violência. Somos seres humanos que em tese, utilizam-se do cérebro para pensar. O que nos coloca num pedestal de seres pensantes. Os líderes das manifestações não podem deixar que esses seres irracionais conspurquem o protesto.
O fato é que os brasileiros não querem que o país seja vendido a uma vil entidade de futebol, como a Fifa. O Brasil é do povo, e não do PT, PMDB, PSD ou PSDB para ser vendido sorrateiramente à Fifa.

Eu só espero que o "Gigante" permaneça acordado. E que o sadismo político não possa mais transitar livremente nas esferas dos poderes públicos - seja ele Legislativo, Executivo e em especial, o Judiciário (não podemos nos esquecer que no judiciário também há larápios com o mercantilismo de sentenças favoráveis aos poderosos capitalistas).

3 comentários:

  1. TEMOS QUE REIVINDICAR TAMBÉM EM NOSSA CIDADE PEDRA AZUL, TEMOS QUE DIZER NÃO AO 40% COBRADOS EM NOSSA CONTA DE ÁGUA, QUE DIZEM SE REFERIR A REDE DE ESGOTO QUE AINDA ESTÁ EM CONSTRUÇÃO. OU SEJA ESTAMOS FAZENDO O PAPEL DO GOVERNO QUE DEVERIA ESTÁ CONSTRUINDO COM O DINHEIRO ARRECADADO EM IMPOSTOS.
    TEMOS QUE DIZER NÃO A ESSA COBRANÇA, CONCORDO EM PAGAS SÓ APÓS ESTIVERMOS USANDO O SERVIÇO.
    ASS: SBC

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  2. E ISSO AI SBC, ESTOU COM VC, VAMOS LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS, JA PAGAMOS MUIOTS IMPOSTOS E AINDA TEMOS QUE BANCAR CONSTRUÇÃO PARA O GOVERNO ENCHER OS BOLÇOS.

    ASS, SANDRO

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    Respostas
    1. vamos juntos!!! desmascarar mais uma vergonha.

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