Ex-prefeito de Taiobeiras presta depoimento e é liberado pela Polícia Federal
Denerval Germano é um dos envolvidos no escândalo de desvio de verbas do governo federal feitos pela FIEMG, IDENE e ITER, de Minas Gerais
Foto: Aurélio Vidal
Momento em que o ex-prefeito de Taiobeiras, Denerval Germano, foi
conduzido à sede da Polícia Federal em Montes Claros para prestar
depoimento.
O ex-prefeito de Taiobeiras, no Vale do Jequitinhonha, (MG) Denerval
Germano, que foi pego hoje de manhã pela Polícia Federal em sua
residência, prestou depoimento em Montes Claros e foi liberado.
Uma fonte informou à reportagem que Denerval optou pela ‘delação premiada’ e foi liberado após colaborar com as investigações.
Após o depoimento, o ex-prefeito concedeu uma entrevista coletiva sobre o
assunto, quando esclareceu que foi conduzido coercitivamente para
prestar depoimento.
A delegada responsável pela operação, Cristina Fonseca, ainda não
informou qual é a participação do ex-prefeito de Taiobeiras no esquema
de corrupção.
Outros políticos envolvidos
É grande a lista de membros da quadrilha que fraudava licitações para
desviar dinheiro público. A Polícia Federal informou nomes de outros
políticos envolvidos no esquema. O lobista Marcos Vinícius da Silva,
ex-assessor do deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) e ex-chefe de
gabinete do ex-prefeito de Araçuai, Aécio Jardim (PSD-MG), teve a prisão
decretada, mas está foragido.
O médico e ex-prefeito de Araçuai, Aécio Jardim ainda não foi localizado. Atualmente ele reside em Salinas.
Outro lobista, Rubens Costa Leite França, teve a prisão decretada no Rio
de Janeiro. O ex-deputado federal mineiro Osmânio Pereira de Oliveira,
que já teve o nome ligado a máfia dos sanguessugas, foi preso no Bairro
Funcionários, região Centro Sul de BH.
A PF informou que alguns acusados prestarão depoimento e serão
liberados, já outros serão encaminhados para o presídio da cidade.
O que é a operação Esopo
A operação, batizada de “Esopo”, foi realizada em conjunto com o
Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Receita
Federal, objetiva combater desvios de recursos públicos a partir de
processos licitatórios fraudulentos.
Ela teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa, que
desviava recursos públicos em 11 Estados da Federação (ES, MG, MT, RJ,
PE, SP, CE, AP, PR, RO e PB), além do DF, a partir de fraudes em
processos licitatórios destinados à prestação de serviços, construção de
cisternas, execução de festivais artísticos e eventos turísticos.
Foram cumpridos 101 (cento e um) mandados judiciais, expedidos pela
Justiça Federal, sendo 25 (vinte e cinco) de prisão temporária, 44
(quarenta e quatro) de busca e apreensão (sendo sete em Prefeituras, um
em Ministério do Governo Federal e um em Instituto do Governo de Minas
Gerais), 20 (vinte) de sequestros de bens e 12 (doze) de condução
coercitiva.
O esquema criminoso atuava por meio de uma Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público (Oscip), O IMDC, constituída por empresas,
pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, Governos Estaduais e
ministérios do Governo Federal. Em cinco anos, o prejuízo seria de R$
400 milhões, de acordo com a Polícia Federal.
Ex-prefeitos mineiros presos por fraudes em licitações acusam deputado Ademir Camilo
Em depoimento à Polícia Federal,
Ademir Camilo (PSD-MG) é apontado como intermediário de recursos do ProJovem com
o Ministério do Trabalho, negociando diretamente com ex-ministro Lupi
Luiz Ribeiro e Felipe Canêdo - Publicação: 12/09/2013, às 07:31, no Estado de Minas
Luiz Ribeiro e Felipe Canêdo - Publicação: 12/09/2013, às 07:31, no Estado de Minas
Foto: divulgação
O ex-prefeito de Januária Maurílio Arruda disse à PF que foi procurado
pelo assessor de Ademir Camilo, Marcus Vinícius, em nome do IMDC
Ex-prefeitos de cidades mineiras presos pela
Operação Esopo, da Polícia Federal - PF, apontaram o deputado federal Ademir Camilo
(PSD-MG) como intermediário de verbas do ProJovem, liberadas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) e direcionadas para municípios do Norte de Minas e do
Vale do Jequitinhonha, onde o parlamentar foi votado. O programa é uma das maiores fontes
de recursos sob suspeita de desvio para a organização da sociedade civil de
interesse público (Oscip) Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania
(IMDC), com sede em Belo Horizonte, acusado de desviar R$ 400 milhões de
recursos públicos nos últimos cinco anos. A operação que prendeu 22 pessoas,
incluindo seis ex-prefeitos, provocou a queda de quatro pessoas no MTE, entre
elas o número 2 da pasta, o secretário-executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao
PDT.
O deputado, contudo, refuta as acusações e nega envolvimento com
irregularidades. “Deputado não é intermediário. Nós tivemos uma formatura em
Belo Horizonte da primeira turma do ProJovem em Minas, de 12 mil pessoas, e eu
estive presente. Posteriormente o ministro (Carlos Lupi) garantiu ao governador
Antonio Anastasia (PSDB) que iria ampliar o número de jovens atendidos”,
garantiu ele. Segundo Camilo, todas as cidades atendidas no estado foram as que
o Ministério havia estipulado.
O deputado Ademir Camilo (PSD-MG) nega ter sido intermediário de recursos desviados do ProJovem |
Segundo reportagem
do Estado de Minas, em janeiro de 2012, que denunciou as ações do IMDC, Ademir
Camilo participou de solenidades de lançamento do ProJovem em municípios onde é
votado. Uma delas é São Francisco. Em depoimento à PF, o ex-prefeito da cidade
José Antônio da Rocha Lima (que acabou sendo afastado do cargo
por denúncias de malversação de dinheiro púbico investigadas na Operação Conto
do Vigário), negou irregularidades no contrato com o IMDC e confirmou que Camilo
“foi quem conseguiu a verba para o projeto” que resultou na contratação da
Oscip.
O ex-prefeito de São João da Ponte Fábio Fernandes Cordeiro (PTB), o
Fábio Madeiras, declarou também à PF que teve conhecimento de que o deputado
negociava diretamente com o ex-ministro Carlos Lupi. Para conseguir abocanhar
recursos do Projovem, o presidente do IMDC, Deivson Vidal, teria se aproximado
de Ademir Camilo, que, por sua vez, exercia influência na liberação dos recursos
do programa.
Já o ex-prefeito de Januária, Maurílio Arruda (PTC), alegou em
seu depoimento que o deputado é apoiado por um grupo político rival dele
e que, quando tomou posse em janeiro de 2009, já estava consignada
emenda parlamentar
do ex-pedetista, destinando R$ 1,4 milhão ao programa. “As metas do
Projovem em
Januária não foram cumpridas porque a própria prefeitura notificou o
IMDC para
cancelar o contrato ao sentir que o instituto era de competência
duvidosa para
atender os objetivos contratuais”, garantiu Arruda, que chegou a ser
detido na
operação da PF, mas teve prisão revogada pela Justiça Federal.
No
depoimento, Arruda declarou que chegou a ser procurado por Marcos Vinicius
Silva, o Marquinhos, ex-assessor de Camilo, e que teria atuado também em nome da
Oscip. “Ele (Marcos Vinicius) quis saber por que a prefeitura tinha rompido o
contrato com o IMDC. Eu respondi que o motivo era que o serviço prestado não
estava sendo adequado”, afirmou ele.
Marcus Vinicius, também ex-Chefe de Gabinete da Prefeitura de Araçuaí, na gestão de outro acusado, Aécio Jardim (PDT), teve prisão temporária decretada na Operação Esopo, mas está foragido desde 2 de julho, quando teve prisão decretada em outra operação da PF, que investiga a venda de títulos advocatícios falsos, usados para compensação tributária pelas prefeituras junto à União.
Marcus Vinicius, também ex-Chefe de Gabinete da Prefeitura de Araçuaí, na gestão de outro acusado, Aécio Jardim (PDT), teve prisão temporária decretada na Operação Esopo, mas está foragido desde 2 de julho, quando teve prisão decretada em outra operação da PF, que investiga a venda de títulos advocatícios falsos, usados para compensação tributária pelas prefeituras junto à União.
Governo de Minas pagou R$ 31 milhões ao IMDC que teve diretores presos pela Polícia Federal
Em 2010, o Governo de Minas assinou 5 contratos com o IDENE no valor de R$ 25,8 milhões para executar o PROJOVEM e o Cidadão Nota Dez.
Oposição na Assembléia Legislativa quer CPI para apurar aplicação dos recursos e atividades realizadas
Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
Ricardo Bastos/Hoje em Dia
Em Minas, IMDC celebrou 15 contratos em 2010 para atender a dois institutos e três secretarias
A entidade do terceiro setor investigada pela Receita e Polícia Federal
por fraudar licitações em 11 estados recebeu, por intermédio do Governo
de Minas, mais de R$ 31 milhões em 2010. Naquele ano, o Instituto
Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC) celebrou 15 contratos com
dois institutos e três secretarias.
O bloco de oposição na Assembleia Legislativa está colhendo assinaturas
para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar
esses contratos firmados com o Executivo estadual. O objetivo é
investigar se os serviços foram prestados.
Parte da verba, cerca de R$ 21,5 milhões, refere-se à transferência da
União, R$ 1,8 milhão de convênios e R$ 8,5 milhões de recursos
ordinários.
Os serviços prestados pelo IMDC foram de construção de cisternas, cursos de formação e capacitação e consultoria.
O Instituto de Terras (Iter) fechou seis contratos com a ONG no valor
total de R$ 1,7 milhão. Desse montante, três contratos foram pagos com
recursos ordinários, um com recursos diretamente arrecadados e outros
dois com convênios.
Operação Grilo
Na época, o Iter estava sob a responsabilidade de Manoel Costa,
ex-secretário de Regularização Fundiária que foi exonerado depois de
envolvimento na operação Grilo, contra uma quadrilha de grileiros, em
2011.
O Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene)
firmou sete contratos com o IMDC, em 2010, no valor de R$ 25,8 milhões.
São cinco contratos com os programas ProJovem e Cidadão Nota Dez.
O ProJovem foi a grande fonte de recursos do IMDC junto ao Ministério
do Trabalho e culminou na prisão de um assessor e na demissão do número
dois da pasta, Paulo Roberto Pinto. O IMDC também realizou projetos para
as secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Esportes e Juventude.
Oscip renovada
A secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) renovou em julho o credenciamento do IMDC com a Oscip.
Com a medida, a entidade pode contratar por mais três anos com o governo de Minas.
Araçuaí: ex-prefeito Aécio Jardim se apresenta à Polícia Federal nesta sexta-feira
O ex-prefeito garante que o saque de R$ 755 mil de conta da Prefeitura de Araçuaí foi repassado para o IMDC envolvido nas falcatruas
Aécio Jardim nega
participação no escândalo que desencadeou a Operação Esopo em vários
estados do Brasil e cidades do norte de MG e Vale do Jequitinhonha para
apurar desvio de verbas do Ministério do Trabalho através do IMDC.
O médico e ex-prefeito concedeu por telefone entrevista ao jornal Gazeta. Foto: arquivo
O ex-prefeito de
Araçuai, no Vale do Jequitinhonha (MG) o médico Aécio Silva Jardim (PDT)
vai se apresentar nesta sexta-feira (13.09) às 9 da manhã na sede da Polícia Federal em Belo Horizonte.
Ele está na
capital mineira desde a tarde de quarta-feira,(11) quando, acompanhado
de dois advogados se apresentou espontaneamente à Polícia Federal. “ O
delegado que acompanha o caso, marcou para esta sexta-feira o meu
depoimento”, disse Jardim . “Estou arrolado no processo como
investigado, assim como os outros prefeitos que assinaram convênios com o
IMDC. Nós somos a parte miúda de tudo isso e vou provar que nada fiz de
errado”, disse ele.
Em entrevista
por telefone, ao jornal Gazeta , na tarde desta quinta-feira, ele
reagiu às notícias de que está foragido. “ Não foi expedido nenhum
mandado de prisão contra mim e sim um mandado de busca e apreensão. A
Polícia Federal esteve em minha casa em Araçuai e em Salinas, onde moro
atualmente. Eles procuravam dólares e documentos oficiais. Vasculharam
tudo. Nada foi encontrado porque eu não participei de nada disso. Tudo
era passado diretamente para o IMDC-“ afirma o ex-prefeito.
O IMDC Instituto
Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, está no centro de um escândalo
de desvio de verbas do Ministério do Trabalho e Emprego, do Turismo e
Ciência e Tecnologia, que pode chegar a R$ 400 milhões.
Em
Minas, as instituições envolvidas são a FIEMG - Federação das
Indústrias de Minas Gerais, os órgãos estaduais IDENE e ITER, e as
prefeituras de Araçuaíe Taiobeiras, no Vale do Jequitinhonha, São Francisco, Januária,São João da Ponte, no norte de Minas, e Caratinga, no leste de Minas.
O
Governo de Minas recebeu mais de R$ 40 milhões, em 2010. Através do
IDENE-Instituto de Desenvolvimento do norte de Minas e Vale do
Jequitinhonha e
ITER- Instituto de Terras de Minas Gerais, repassou recursos para as
Prefeituras que repassavam para o IMDC desenvolver ações dos Programas
Cidadão Nota Dez, PROJOVEM, Combate à Pobreza Rural, Medição de Terras e Cisternas de Captação de Água de Chuva.
A operação
batizada de Esopo, foi deflagrada na última segunda-feira (9) e envolveu
Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e
Polícia Federal. Na segunda-feira, agentes da PF e da CGU levaram todos
os documentos referentes ao convênio da prefeitura de Araçuai com o
IMDC.
A operação que
prendeu 22 pessoas, incluindo seis ex-prefeitos, provocou a queda de
quatro pessoas no Ministério do Trabalho e Emprego, entre elas o número 2
da pasta, o secretário-executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao PDT.
Prefeitura de Araçuaí recebeu R$ 1,5
milhão. Aécio acusa o deputado federal Ademir Camilo como cabeça do
esquema de desvios de R$ 400 milhões
Em 2010,o IMDC
foi responsável pelo Programa Projovem em Araçuai, através de um
convênio de R$1.5 milhão (um milhão e quintos mil reais), para executar projeto de formação de mão de obra para pessoas de 19 a 29 anos. O programa apresentou várias irregularidades.
De acordo com o ex-prefeito, técnicos do Ministério do Trabalho e do IMDC acompanharam todo o processo.
Sobre o saque de
R$ 755 mil reais em uma conta do Banco do Brasil, Aécio Jardim afirmou
que todo o dinheiro foi repassado para o IMDC.
“Nenhuma
prefeitura faz esse tipo de saque. Quando o dinheiro entrava na conta o
pessoal do IMDC já ligava pedindo para fazer o repasse. Assim como os
outros prefeitos eu também fui enganado. Como não aceitar um projeto
para capacitar mais de mil jovens, com uma pequena contrapartida da
prefeitura? Eu queria o que fosse de melhor para Araçuai”, disse ele.
Leia sobre o PROJOVEM, em Araçuaí, clicando aqui:
/desvio-de-verbas-pelo-imdc-frustrou.jovens.de.Araçuaí
O ex-prefeito
apontou o deputado federal Ademir Camilo como intermediário de todo o
programa. “ Como eu tenho divergências políticas com o deputado, acabei
não participando de nada, inclusive da aula inaugural do Programa que
fizeram em Araçuai, juntamente com o então ministro do Trabalho Carlos
Lupi”, lembrou o ex-prefeito. O deputado nega as acusações.
O
deputado Ademir Camilo teve 1.590 votos, em Araçuaí, nas eleições de
2010, apoiado por uma parte do grupo político do ex-prefeito Aécio
Jardim que dividiu apoios com o deputado federal Fábio Ramalho (PV).
Sobre o
envolvimento do seu nome no escândalo, Aécio Jardim foi categórico. “ O
delegado da Polícia Federal disse para mim que todos os bandidos estão
presos. Estou com minha consciência tranquila. Nunca desviei um tostão
de prefeitura. A Polícia Federal já vasculhou a minha conta e de todos
os meus familiares. Nada foi encontrado”, afirmou o ex-prefeito que
estava de viagem marcada para o Uruguai, Argentina e Chile. “Não tenho
mais condições psicológicas de viajar”, admitiu Aécio Jardim,
reconhecendo estar decepcionado com a política. “Não quero mais saber
disso”, finalizou.
Todos
os ex-prefeitos presos ou indiciados nos esquema de corrupção estourado
pela Polícia Federal procuram livrar suas caras e acusar outros do
esquema. Um dos maiores envolvidos nos desvios de R$ 400 milhões do IMDC
é o ex-chefe de Gabinete do ex-prefeito Aécio Jardim, Marcus Vinicius,
também ex-assessor do Deputado federal Ademir Camilo(ex-PDT), mesmo
partido de Aécio Jardim.
Todas as matérias publicadas pelo blog do Banu
tenho 38anos desde quando eu entendo por gente estes prefeitos estupadores do norte de minas nunca foram punidos pois sempre dar um jeito de compra delegados juizes e promotores dai.alei ai e do que tem mais dinheiro.
ResponderExcluir