A cidade de São Paulo recebeu na última segunda-feira (28) a sexta
edição do prêmio ARede, que reconhece iniciativa do terceiro setor,
públicas e privadas que ajudam o Brasil a avançar na inclusão digital.
Entre os premiados estava a Rede de Jovens Comunicadores do Semiárido Mineiro, que integram a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicador@s – RENAJOC,
e que foi reconhecida pelo incentivo ao uso das novas tecnologias de
comunicação para fortalecer a participação social dos moradores dessa
região.
“A nossa região tinha um alto índice de analfabetos digitais e hoje
isso quase não existe. Hoje vemos crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos acessando a internet”, contou Neltinha Oliveira, jovem
integrante da Rede. Segundo Lia Ribeiro Dias, diretora editorial da
revista ARede, iniciativas como a dos jovens comunicadores do semi-árido
mineiro e as demais premiadas se destacam por “superar o oferecer
internet e conhecimentos básicos do mundo, mas que agora avançam para a
busca por políticas que garantam o direito de acesso”. Lia ainda
destacou que atualmente o maior desafio para o Brasil na inclusão
digital é garantir banda larga para toda a população. “Garantir banda
larga para quem não tem e melhorar para os que já têm”, disse a
diretora, destacando ainda que “nenhum país do mundo conseguiu garantir a
banda larga às suas populações pobres e nas comunidades rurais sem
investir dinheiro público”.
A fala de Lia foi seguida pela Ministra da Cultura, Marta Suplicy,
que afirmou receber as informações sobre a banda larga como uma novidade
para ela. “O Ministério da Cultura tem sempre novidades, cada dia eu
descubro e aprendo algo novo”, disse a Ministra. Marta Suplicy, no
entanto, elogiou as iniciativas presentes e disse que está aprendendo em
seu Ministério que algumas coisas que parecem difíceis de resolver, a
exemplo da lei de direitos autorais, mas que no final não são tão
complicadas. A ministra ainda reforçou a importância dos telecentros
para levar acesso à internet e ao mundo digital em todo o país.
E os telecentro de fato tiveram destaque na premiação. Neltinha, da
rede dos jovens do semiárido contou que o trabalho deles na região só
foi possível graças ao telecentro. “Nossas reuniões são feitas no
telecentro”, contou. Na premiação de “Personalidade do Ano”, a premiada
foi Beatriz Tibiriça, a Béa, ativista da inclusão digital e diretora da
ONG Coletivo Digital. Béa foi responsável pela implantação dos primeiros
telecentros da cidade de São Paulo que depois vieram a servir de
exemplo para todo o Brasil.
No total, foram premiadas 16 iniciativas. Além da premiação, a
Revista ARede também lançou durante o evento o “Anuário ARede Digital”,
publicação que traça o mapa de 56 projetos do terceiro setor e da
iniciativa privada que visam a inclusão digital no Brasil.
FonteAgência Jovem de Notícias
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