 O compositor mineiro Murilo Antunes lança filme que conta sua trajetória como letrista e poeta.  A produção reúne convidados como Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Fernando Brant, que relembram suas histórias em bate-papos descontraídos e emocionantes, além de músicas interpretadas por grandes nomes da MPB
O compositor mineiro Murilo Antunes lança filme que conta sua trajetória como letrista e poeta.  A produção reúne convidados como Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Fernando Brant, que relembram suas histórias em bate-papos descontraídos e emocionantes, além de músicas interpretadas por grandes nomes da MPB
Uma 
obra que reúne música, imagem, poesia e lembranças. Assim é o longa 
“Murilo Antunes: Como se a vida fosse música”. A história de um dos 
maiores letristas da música brasileira ganha forma por meio dos relatos 
emocionados de quem conviveu e ainda convive com o multiartista Murilo 
Antunes. Os depoimentos se juntam, como em uma “colcha de retalhos”, em 
um filme que promete emocionar os apreciadores da música popular 
brasileira. O longa-metragem será lançado para convidados, na capital, no próximo dia 27, dentro da programação da Latino 2012. II Mostra de Cinema Espanhol e Latino Americano de Belo Horizonte, no Usiminas Belas Artes.  No dia 29, haverá uma sessão especial aberta ao público.
Nascido
 em Pedra Azul, interior de Minas, Murilo tem em seu currículo mais de 
250 canções gravadas por grandes nomes da MPB, além de inúmeras 
inéditas. Suas letras também fizeram sucesso no lendário “Clube da 
Esquina” ao lado de nomes como Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Fernando 
Brant. A ideia original era registrar seus 60 anos, completados em 2010.
 Desde então, iniciou-se o processo de produção, que foi finalizado 
neste ano e do qual Murilo esteve presente em todas as fases, conforme 
conta: “Meu envolvimento foi total. Além da concepção e direção 
artística, escolhi o diretor Fernando Batista, fiz o repertório, o 
pré-roteiro e escolhi os intérpretes com a ajuda dos diretores musicais,
 João Antunes (meu filho) e Flávio Henrique, além, é claro, de convidar 
meus parceiros que foram absolutamente generosos nesta empreitada”. A 
direção geral é de Fernando Batista.
O Filme
Narrativas, depoimentos e muita
 música boa apresentam um Murilo que se mescla entre poeta e letrista. O
 poeta está presente na forma de ver o mundo, nas conversas de botequim,
 nos bate-papos com os parceiros, nos poemas em off e nos declamados ao 
longo do filme.  O letrista, além das canções interpretadas, também se 
mostra por meio de diálogos e opiniões, em momentos bastante íntimos. 
“Além da vontade de registrar minhas canções, queria mostrar um pouco a 
história da minha vida, de onde venho, com quem trabalho. São poucas as 
obras que mostram esse universo da música e a vida de um poeta-letrista.
 Se não me engano, só existe o filme “O Homem Que Engarrafava Nuvens”, 
que retrata a vida de Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga, e o 
extraordinário documentário sobre Vinícius de Moraes. De letrista vivo, é
 talvez o único que teve também o autor participando da idealização, da 
execução e co-falas inéditas”, explica Murilo.
 Murilo
 tem em seu currículo mais de 250 canções gravadas por grandes nomes da 
MPB, dentre eles, Milton Nascimento, Maria Rita, Leila Pinheiro, Djavan e
 Jane Duboc. Seu repertório conta, ainda, com inúmeras letras inéditas. O
 filme mostra narrativas, depoimentos e músicas, que marcaram sua 
carreira e ganharam novas versões, intérpretes e arranjos. “O filme tem 
uma função de retratar a obra do Murilo Antunes de forma executada e em 
cima das músicas/poesias. Ele foi feito com muito envolvimento e 
esperamos, nesse caso, que ele seja bem aceito como as músicas/poesias 
foram”, declara Fernando Batista. 
No 
repertório, canções como “Besame”, interpretada por João Bosco; “Viver, 
Viver”, nas vozes de Milton Nascimento e Lô Borges; e “Ciranda”, na voz e
 piano de Flávio Venturini. Participam, ainda, Paulinho Pedra Azul, 
Vander Lee, Beto Guedes, Tavinho Moura, Toninho Horta, dentre outros. Os
 poetas do Clube da Esquina, Márcio Borges, Fernando Brant e Ronaldo 
Bastos aparecem em bons bate-papos com Murilo. “Na verdade, as pessoas 
que participam desta produção têm a maior importância na história. Nada 
seriam minhas letras se não tivesse o talento dos parceiros, músicos, 
cantores e poetas presentes no filme. O critério para a escolha foi 
profissional e amoroso. Escolhemos as pessoas que fazem parte da minha 
vida profissional e do universo da musica brasileira”, conta Murilo. 
“Murilo
 Antunes: Como se a vida fosse música” foi viabilizado pela Lei Federal 
de Incentivo à Cultura (Rouanet), com os patrocínios da Companhia 
Energética de Minas Gerais – Cemig e Vitória CI. A produção é de Villa 
Cultura e Vitória CI. Realização Noir Filmes e Ministério da Cultura/ 
Governo Federal.
Durante a produção
Dentre
 as locações utilizadas para as gravações dos números musicais do filme 
foram gravados em diversos espaços da capital mineira como o Museu de 
Artes e Ofícios, Restaurante Esopo, bar Balaio de Gato e a cidade de 
Murilo, Pedra Azul, no vale do Jequitinhonha. Houve, também, a gravação 
de Milton Nascimento e Lô Borges, no Rio de Janeiro. 
Sobre Murilo Antunes
Nasceu
 em Pedra Azul, vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, em 1950. Morou
 em Montes Claros e reside em Belo Horizonte, onde conheceu seus 
principais parceiros, especialmente os componentes do Clube da Esquina. 
Começou a compor aos 18 anos. É parceiro de compositores reconhecidos 
nacionalmente, dentre eles: Tavinho Moura, Flavio Venturini, Toninho 
Horta, Flavio Henrique, Beto Guedes, Lô Borges, Vander Lee, Nelson 
Ângelo, Sergio Santos, Wagner Tiso, Célio Balona, Nivaldo Ornelas, 
Claudio Nucci, André Mehmari, Túlio Mourão e muitos outros.
Como 
poeta, publicou dois livros com edições esgotadas: “O Gavião e a 
Serpente” (1979) e “Musamúsica”(1990), além de diversas publicações em 
revistas e jornais literários. Pelo seu trabalho de importância nacional
 é citado na Enciclopédia da Música Brasileira, de Ricardo 
Cravo Albin. Tem canções interpretadas por Milton Nascimento, Leila 
Pinheiro, Nana Caymmi, Jane Duboc, Maria Rita, MPB-4, 14 Bis, Legião 
Urbana, Djavan, Mart’nália, Paulinho Pedra Azul, Michael Brecker, Pena 
Branca e Xavantinho, Teodoro e Sampaio entre muitos outros, além de 
gravações desses artistas. 
No 
cinema, trabalhou na produção do longa “Cabaret Mineiro”,e fez parcerias
 com Tavinho Moura para o filme “Perdida”, ambos de Carlos Alberto 
Prates Correa. Trabalho como ator no longa “Idolatrada”, de Paulo 
Augusto Gomes, e nos curtas “Irmãos Piriá” , de Luis Alberto Sartori 
e“Solidão”, de Aluisio Sales Jr.
Canções do filme
Era Menino
(Tavinho Moura/Beto Guedes/Murilo Antunes)
Interpretação: Beto Guedes e Rodrigo Borges
Rosário de Mariá
(Tavinho Moura/Murilo Antunes)
Interpretação: Tavinho Moura
Tesouro da Juventude
(Tavinho Moura/Murilo Antunes)
Interpretação: Flavio Venturini e Tavinho Moura
Era Uma Vez Por Toda a Vida
(Flávio Henrique/Murilo Antunes)
Interpretação: Paulinho Pedra Azul, Flávio Henrique e Murilo Antunes
Pot-Pourri: Ciranda, Pierrot e Solidão
(Flavio Venturini/Murilo Antunes)
Interpretação: Flavio Venturini
Saudade Eu Canto Assim
(Tavinho Moura/Murilo Antunes)
Interpretação: Tavinho Moura
Viva Zapátria
(Sirlan/Murilo Antunes)
Interpretação: Sirlan e Pablo Castro
Nem Nada
(Beto Lopes/Murilo Antunes)
Interpretação: Vander Lee e Beto Lopes
O Trem Tá Feio
(Tavinho Moura/Murilo Antunes)
Interpretação: Mônica Salmaso
Quadros Modernos
(Toninho Horta/Murilo Antunes/Flávio Henrique)
Interpretação: Toninho Horta, Cobra Coral | Kadu Vianna, Pedro Morais, Mariana Nunes e Flávio Henrique
Findo Amor
(Tavinho Moura/Murilo Antunes)
Interpretação: Susana Travassos
Besame
(Flavio Venturini/Murilo Antunes)
Interpretação: João Bosco
Viver, Viver
(Lô Borges/Murilo Antunes/Márcio Borges)
Interpretação: Milton Nascimento e Lô Borges
Nascente
Flavio Venturini/Murilo Antunes
Interpretação: Paula Santoro e Flavio Venturini
Poemas
Emmanuel
Murilo Antunes
Performance Poético-musical
Vero
(Natan Marques / Murilo Antunes)
Interpretação: Mariana Nunes e Vítor Santana
Era um ramo de mato seco
Murilo Antunes
Ficha Técnica
Direção Geral: Fernando Batista
Direção Artística: Murilo Antunes
Direção Musical: Flávio Henrique e João Antunes
Coordenação de Produção: Paulo Vasconcelos (Vitória CI) e Lucas Guimaraens (Villa Cultura)
Produção: Ana Gusmão e Samira Vitral (Villa Cultura) / Roberto Quintão e Andrea Duarte (Noir Filmes)
Fotografia: Carlos Giovanni e Fernando Batista
Roteiro: Henrique Lisandro e Murilo Antunes
Serviço:
Letra, música e poesia
Lançamento do filme “Murilo Antunes: como se a vida fosse música”
Data: 27/11 (terça-feira) – Somente para convidados
Horário: 21h30min
Data: 29/11 (quinta-feira) – Sessão aberta ao público
Horário: 21h30min
Local: Usiminas Belas Artes
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes
Fonte: Beco Cultural
 
 
 

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