domingo, 23 de dezembro de 2012

Apesar de lisonjeado com pesquisas de opinião, Joaquim Barbosa rejeita entrar na política

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que ganhou notoriedade nacional por ser o relator do processo do mensalão, disse nesta quinta-feira (20) que "jamais pensou em ingressar na carreira política".
"Nunca, jamais. Agora, a pesquisa me deixou evidentemente lisonjeado. Qual brasileiro não ficaria satisfeito em condições idênticas à minha?", afirmou o magistrado em entrevista coletiva concedida nesta tarde.
 
Pesquisa Datafolha sobre intenção de voto para presidente em 2014, divulgada no último dia 16, testou dois cenários com o nome de Joaquim Barbosa. Quando a candidata do PT é Dilma, Barbosa pontua 9%. Ele fica empatado tecnicamente, na margem de erro, com Aécio Neves, que obtém 11%.
 
Quando Barbosa é testado num cenário no qual Lula é o candidato do PT, o presidente do STF registra 10% de intenções de voto. Aécio fica com 9%.
 
Antes, uma pesquisa realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) também havia testado o nome do ministro como candidato à disputa presidencial. Resultado publicado na "Folha", em 1º de dezembro, destaca que a sondagem, feita por telefone com mil eleitores em todo o país, registrou que 24% disseram que votariam nele "com certeza", 26% afirmaram que poderiam votar, 15% dizem que não votariam nele "de jeito nenhum" e 31% afirmam que não o conhecem "o suficiente para opinar".
 
"Pessoa que nunca fez política, nunca militou em partido político, nem mesmo em associações, sempre dedicou a sua vida ao serviço do Estado brasileiro, da sociedade brasileira, espontaneamente se ver contemplado com números tão alvissareiros, evidente que isso me deixou bastante lisonjeado e agradecido também àqueles que ousaram citar meu nome", completou o ministro.  "Mas isso, evidentemente, não muda em nada aquilo que eu sempre fui: um ser absolutamente alheio a partidos políticos", concluiu.
 
Como ministro da Suprema Corte, Barbosa pode ficar mais 12 anos atuando até que se aposente compulsoriamente quando completar 70 anos. A exemplo de outros ministros, como a ex-ministra Ellen Gracie, ele poderia se aposentar antes disso, se assim desejar.

Notícias UOL

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