Segundo o colunista Kennedy Alencar, o presidente do STF acha que, como terá saído do Supremo há pouco tempo, uma opção eleitoral em 2014 seria lida como algo que pudesse lançar dúvida sobre decisões jurídicas recentes; ele, no entanto, deixa as portas abertas para 2018; afirma que a direita gosta dele por razões erradas e lembra que é um homem com ideias de esquerda e que pretende deixar isso bem claro no debate público futuro
10 DE JUNHO DE 2014 ÀS 07:28
247 – Prestes a se aposentado do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa, decidiu ficar de fora dos palanques de 2014. Ele não pretende revelar seu voto no primeiro turno, nem apoiar um candidato em eventual segunda fase.
Segundo recente pesquisa Datafolha, 26% dos eleitores votariam com certeza num candidato indicado por ele. Outros 26% talvez votassem.
Segundo o colunista Kennedy Alencar, o presidente do STF não está disposto a transferir esse capital para ninguém. “Acha que, como estará fora do Supremo há pouco tempo, uma opção eleitoral em 2014 seria lida como algo que pudesse lançar dúvida sobre decisões jurídicas recentes”, diz.
No entanto, o magistrado deixa as portas abertas para 2018. Ele afirma que a direita gosta dele por razões erradas e lembra que é um homem com ideias de esquerda e que pretende deixar isso bem claro no debate público futuro.
Brasil 24/7
Ele diz já ter discutido com vários colegas do STF, porém considera que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos". "O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, não sou de abaixar a crista em hipótese alguma...", defende. Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora".
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